domingo, 16 de agosto de 2009

A Rota Erótica - Cap. 1 - Parte 1 - Emanuel em apuros

Um corpo picotado num saco de lixo. Emanuel encontra um espaço em meio as árvores, considera isolado o suficiente, e começa a cavar. Ela era uma garçonete de uma lanchonete na esquina da rua do hotel ao qual estava hospedado. Primeiro, ela os serviu quando foram lá ao meio dia almoçar. Jantaram no hotel. Porém, ao ir sozinho num jornaleiro à noite, a encontrou de novo. Procurava notícias sobre crimes.

- Homem do hambúrguer com laranja – disse ela ao seu lado.

- O quê? – perguntou.

- Não se lembra de mim? – ele virou para o lado e a viu, pele branca como a neve, uma camiseta branca apertava pressionada contra seus seios voluptuosos, um short curto verde de esporte, cabelo curto picotado ruivo, curiosamente usando um gorro de papai noel – não era natal -, com seus lábios vermelhos formando um grande sorriso para ele.

- Ah… sim, lembro, hoje no almoço.

- Você tem acompanhado essas notícias sobre os desaparecimentos na rota trinta e oito? – perguntou tocando no jornal que estava na mão de Emanuel.

- Sim, cheguei a ler algo.

- Até agora só encontraram seis corpos, mas os desaparecidos já chegam a mais de trinta – falava isso com um entusiasmo tremendo.

- Sim, li isso – disse isso olhando com estranhamento para ela.

- Ah… desculpe, comecei a falar mas nem me apresentei direito. Sou Miranda! – disse estendendo a mão para ele. Ele a aceitou.

- Sou Emanuel.

- Você não é daqui, não?

- Não, só estou de passagem.

- É… pela rota trinta e oito?

- Sim – respondeu tentando controlar a tensão que começava a sentir.

- Sabe, eu também não sou daqui, só estou morado uma temporada por aqui na casa de uma amiga.

Emanuel já estava absolutamente desorientado com a conversa. Não sabia o que fazer. Podia ser uma policial. Haviam finalmente sido encontrados. Ele não podia conter os assassinatos. Mal sabia o que fazer para esconder os corpos a cada pequena cidade que visitavam. Só sabia que se ela estava ali falando com ele, é porque já sabiam de tudo, e só esperavam por arrancar mais provas através da apreensão dele com tudo. Mas ele não seria enganado, faria o jogo dela. Logo, se controlou e passou a lhe dar um sorriso.

- É… parece uma cidade bem pacata para se descansar um pouco.

- Não necessariamente. Estou mais aqui por falta de opção mesmo. Aqui não tem nada o que fazer.

- Entendo, também sei o que é ser obrigado a mudar sem muita opção.

- Sabe?

- Sim, sei.

- Você quer tomar um café? A casa em que estou é aqui perto e a minha amiga trabalha à noite.

- Não obrigado, estou cansado, vou voltar para o meu hotel.

Emanuel já suava. Será que já estavam no hotel? Talvez prendendo os dois separadamente, achassem que um entregava o outro. Devia voltar imediatamente.

- Ah…, mas eu insisto – disse Miranda colocando o braço ao redor do seu. Emanuel sentiu um cano encostando nas suas costas.

Não podia fazer nada, iria com ela. Deviam querer mesmo fazer um jogo com sua mente antes da prisão oficial. Foram até a casa dela. Ela só o soltou quando já estavam na sala.

- Fique aqui que eu já volto.

Emanuel sentou no sofá. Porém, enquanto ela se afastava até uma porta, pode ver claramente um rolo de amassar massas enfiado no bolso da calça de trás de Miranda. Era tudo paranóia sua. Ficou aliviado. Até lembrar que não podia atrasar o seu retorno ao hotel. Ela voltou. Ainda com o gorro de papai noel na cabeça, mas era só isso que usava. Miranda voltava com olhos sedutores e com os bicos duros de seus seios voluptuosos apontados para ele.

- Tenho de ir. Sinto muito – disse levantando.

- Como assim? Não vai, não! – e isso foi a última coisa que ela disse. A ponta de uma machado acabara de atravessar o seu gorro de papai Noel, abrindo o seu crânio.

- Lorena! – gritou Emanuel, enquanto o corpo de Miranda caia no chão, revelando por trás dele a sua amada.

- Eu não posso te deixar sozinho um segundo que você faz isso. É assim que você me ama?

- Não fiz nada, eu pensei que ela era uma policial!.

- Policial? Foi o gorro de papai Noel que o fez pensar isso?

Lorena era a sua amada. A razão de ter de seguir a sua vida sem direção. Ela era uma psicopata, tinha ciúmes de tudo e de todos, e deixara uma trilha de corpos desde que se conheceram. Seus lindos olhos castanhos olhavam fixamente para si, seu longo cabelo cacheado caia sobre a sua face, com uma mancha de sangue lhe atravessando o rosto, o sangue espirrado do crânio de Miranda.

- Já disse, eu não fiz nada!

Ela começou a chorar, caminhou até ele e o jogou no sofá. Sentou em sua cintura e o beijou. O sangue de Miranda estava por seus lábios, mas não importava. Emanuel e Lorena foram tomados por uma absoluta excitação, seus corpos ardiam de desejo, se despiram, e se entregaram a um sexo apaixonado, com seus corpos suados em fricção a ser observado pelos olhos moribundos de Miranda.

Continua…